terça-feira

Matas Atlânticas


Imensa fachada florestal que surpreendeu os portugueses em sua chegada, as Matas Atlânticas guardavam segredos que aos poucos foram sendo revelados. Recobrindo originalmente de 12% a 15% do que veio a ser o território brasileiro, elas se distribuíam pela faixa litorânea do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando para áreas interiores e alcançando frações dos atuais Paraguai e Argentina, em uma área de aproximadamente 1,1 milhão de quilômetros quadrados.
 Mas por que "Matas Atlânticas", no plural? Muito heterogênea e diversificada, com distribuição azonal - uma variação climática latitudinal - e em vários níveis de altitude, trata-se de uma das formações de maior biodiversidade do planeta. O conjunto abriga matas de encosta e de altitude e formações costeiras associadas a diferentes ecossistemas - manguezais, restingas, vegetação de ilhas litorâneas -, além de enclaves de cerrados, campos e campos de altitude. Tomando como referência a proposição dos geógrafos Sueli A. Furlan, da Universidade de São Paulo, e João C. Nucci, da Universidade Federal do Paraná, a denominação inclui todas as formações florestais que compõem esse domínio natural e os ecossistemas associados.
Do extraordinário conjunto natural, formado sob a influência dos ventos úmidos oceânicos, resta hoje somente 7% da cobertura original. Na região vive cerca de 62% da população brasileira, o equivalente a 110 milhões de pessoas, e está a maior concentração de atividades do país - cidades, estradas, portos, agropecuária, extrativismo etc. A área é palco de desmatamento ilegal e intensa especulação imobiliária, ao mesmo tempo em que abriga populações que lutam para manter seus modos de vida tradicionais, como caiçaras, indígenas e descendentes de quilombolas.
Entre os grandes desafios das Matas Atlânticas nos dias de hoje destacam-se a manutenção dessas populações remanescentes, a instituição de usos com a "floresta em pé" e a compreensão da dinâmica dos diversos fragmentos florestais.

Mapa 1 - Matas Atlânticas: cobertura vegetal original. Fonte: INPE. SOS Mata Atlântica, 2006.


Mapa 2 - Matas Atlânticas: remanescentes florestais (2005). Fonte: INPE. SOS Mata Atlântica, 2006.

A seca no sertão nordestino


O Polígono das Secas é uma área que vai desde o Piauí até o norte de Minas Gerais, abrangendo vários municípios. Nessas áreas ocorrem, periodicamente, secas que representam, na maioria das vezes, grandes calamidades, ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina como a perda das plantações, a morte do gado, e graves problemas sociais como desemprego, miséria, fome, doenças, aumento da mortalidade infantil e migração em massa para a periferia das grandes 
 As principais causas da seca do nordeste são naturais. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas). No entanto, não é só a natureza que produz seca, as secas do Sertão também tem uma razão social, pois desde a época colonial a ocupação humana foi inadequada, destruindo a vegetação, ou seja, o desmatamento na região da Zona da Mata também contribui para o aumento da temperatura na região e com o passar do tempo, as secas que já eram periódicas se tornaram ainda mais frequentes e abrangendo uma área cada vez maior. 



Relevo do Brasil

O relevo é formado por forças internas e externas, sendo modificado ao longo do tempo, também por essas forças. As forças internas são aquelas que tem origem no interior da litosfera e movimentam as placas tectônicas , dobram as rochas e produzem terremotos e erupções vulcânicas. As forças externas provêm do clima, das águas, dos seres vivos, da ação eólica, etc.
No Brasil predominam os planaltos: do tipo cristalino, como por exemplo: o planalto de Campos do Jordão em São Paulo, e o da Borborema, no Nordeste; do tipo sedimentares, como por exemplo: o planalto do Maranhão-Piauí, no Nordeste; do tipo basáltico, como por exemplo: o planalto Meridional, no sul do país. Apresenta também depressões em estruturas sedimentares e cristalinas. As planícies se apresentam em estruturas sedimentares de formações recentes.

Observe o mapa das unidades do relevo brasileiro, segundo Aziz Ab' Saber.